SOU PROFISSIONAL: faço de tudo um pouco

SOU PROFISSIONAL: faço de tudo um pouco

No mundo de hoje existem mais incertezas do que certezas, que transformam as possibilidades em probabilidades. Deparamos com um grande volume de informações: palestras, livros, vídeos, televisão, jornais e revistas, treinamento nas empresas, requalificação, e ainda a Internet que chegou para democratizar de vez o acesso à informação.

Assimilar todas essas informações e resistir à tentação de se se transformar num profissional que faz de tudo um pouco, é a questão que cada um terá que resolver. Velocidade, flexibilidade e resultados saíram do dicionário e passaram a freqüentar o dia-a-dia das pessoas e nas empresas.

Neste panorama muitos profissionais quererem aprender de tudo e por conseqüência fazer de tudo um pouco. Dizem alguns estudiosos que muita informação além de confundir também desinforma, o que vale dizer que múltiplas atividades não rendem o esperado.

Conheço uma pessoa que estudou em quatro faculdades e estava presente em todos os cursos que era possível participar. Passado alguns anos não vejo nesse conhecido um grande desenvolvimento, muito embora tenha se esforçado para colocar em prática tudo que estudou. Parece-me mais uma pessoa que quer fazer de tudo um pouco do que ser especializado numa determinada área profissional.

A questão se o profissional deve ser multifuncional ou polivalente continua valendo, porém limitado dentro de uma determinada área. O que irá fazer a diferença é sua especialização, sendo certo também que os conhecimentos de outras áreas podem melhorar a atividade principal. Não tendo uma especialização e fazendo de tudo um pouco acaba não tendo uma carreira definida e, por conseguinte não consegue ter bons resultados na atividade profissional. O que o mercado exige hoje é o profissional que presta um serviço que presta.

O que você acha de um médico que se diz ser especialista em todas as áreas da medicina? E do jogador de futebol que se diz atuar em todas posições?

Trabalhei numa empresa, que tinha um profissional que fazia de tudo um pouco, era pintor, motorista, assessor da diretoria, caseiro, etc. Todos o chamavam pelo apelido de “meia colher”. Até hoje não entendia muito bem a razão do apelido, porém ao escrever este artigo acho que faz sentido o apelido. Aquele que quer ser um profissional que faz de tudo um pouco, acaba sendo um “meio profissional”, ou seja, um “meia colher”.

As empresas há muito tempo deixaram de fazer de tudo um pouco, e adotaram a terceirização de serviços nas suas atividades secundárias para se dedicarem à especialização, ou seja, ao seu produto final.

Fazer de tudo um pouco sem ter nenhuma especialização, parece-me ir ao caminho contrário da modernidade. Caminhe na direção do seu objetivo profissional. Antes procure praticar o gostar de trabalhar em qualquer área. Depois escolha uma área para especializar-se. Use os atalhos e outros conhecimentos para especializar-se ainda mais Tome uma atitude que lhe dará prestígio e dinheiro: seja um profissional especializado.